Partido Verde

Partido Verde (Brasil)

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Partidos Políticos do Brasil
Partido Verde
Logo pv.jpg
Presidente José Luiz de França Penna
Fundação 1986
Sede Brasília
Ideologia Política Ambientalismo, Federalismo, Estado Previdência
Cores Verde e Branco
Número no TSE 43
Website Página oficial do PV

O Partido Verde (PV) é um partido político brasileiro que surgiu no cenário político da década de 1980 baseado nas tendências esquerdistas-ambientalistas em curso na Europa, tendo como seu principal articulador o ex-revolucionário Fernando Gabeira. Seu código eleitoral é o 43[1] e sua cor é, como esperado, o verde.

Índice

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[editar] História

O Partido Verde brasileiro surgiu em janeiro de 1986. Foi fundado por ambientalistas e outros ativistas de movimentos sociais, tendo como suas mais expressivas lideranças Carlos Minc, que logo voltou ao PT, Melo Viana, Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis, Domingos Fernandes, José Luiz de França Penna,o deputado Sarney Filho e a senadora Marina Silva. No ano de 2008 graves denúncias referentes à administração do fundo partidário e o golpe que levou o PV municipal de São Paulo a coligar com o DEM em vez de cumprir a promessa pública de sair com candidato majoritário próprio democraticamente escolhido, levaram o PV a uma profunda crise interna.

Nas eleições municipais de 2008, o PV elegeu pela primeira vez um prefeito em uma capital brasileira, no caso , foi uma prefeita (Micarla de Sousa, eleita no 1º turno com 51% dos votos que vai comandar Natal, capital do Rio Grande do Norte.)

[editar] Propostas defendidas pelos Verdes

Os principais aspectos programáticos do PV são a economia de mercado regulada pelo Estado pautada no desenvolvimento sustentável e na diminuição da desigualdade social. Defende o pacifismo,[carece de fontes?] o federalismo, o parlamentarismo, a democracia direta e a legalização do aborto.[2]

O partido se diz estar em uma posição no espectro político que ultrapassaria a questão "esquerda-direita".[3] No entanto tal definição é considerada por seus membros como anacrônica e irreal.[carece de fontes?] Isto se revela na acusada contraditoriedade de suas alianças (simultaneamente coligado a partidos antagônicos nas diferentes esferas) por parte de seus críticos.[carece de fontes?] Muitos críticos acreditam, ainda, que o partido não rompeu o limite de ser um partido pequeno inserido no contexto das "legendas de aluguel" (partidos utilizados por políticos apenas para se elegeram).[carece de fontes?] Essa imagem é refutada por um dos teóricos do partido, Tibor Rabóczkay, no livro "Repensando o Partido Verde brasileiro", com a argumentação de que a ciranda de mudanças de legenda é tão comum nos partidos "grandes", quanto nos pequenos. O autor, porém, reconhece que no esforço de atingir os 5 % impostos pela cláusula de barreira ("lei de exclusão política" no dizer de Rabóczkay), o partido acabou abrindo suas portas a políticos que carecem de formação ideológica ecologista adequada e, conseqüentemente, tendem a constituir bancadas amorfas do ponto de vista verde.

[editar] A representatividade do PV na política brasileira

O partido não possui grande força política no país, diferente de alguns dos seus similares europeus (como o Partido Verde da Alemanha). Por um bom tempo seu único representante no congresso Nacional era o Deputado Federal Fernando Gabeira, pelo Estado do RJ (1995-1998; 1999-2002; após breve período no PT, Gabeira retornou ao PV em 2005). Durante vinte e oito meses a partir de 2003, o partido constituiu a base de apoio do Governo Lula, rompendo na segunda quinzena de maio de 2005, afirmando descontentamento geral com as políticas ambientais do atual governo. O ex- Ministro da Cultura é membro do partido (o músico Gilberto Gil), e o Presidente Nacional do PV é o potiguar José Luiz de França Penna, que sucedeu o ex-vereador carioca Alfredo Sirkis, ex Secretário Municipal de Meio Ambiente e Secretário Municipal de Urbanismo do Rio de Janeiro (também ex-candidato à Presidência da República pelo PV em 1998), em diferentes gestões de Cesar Maia. Quem também desponta na legenda é o dep. José Sarney Filho, do Maranhão, ex ministro do Meio ambiente no Governo Fernando Henrique Cardoso.

O partido difere dos similares europeus também na baixa rotatividade nos cargos partidários e o acúmulo de poder nas mãos de, relativamente, poucas pessoas, no que, entretanto, se iguala às outras agremiações políticas brasileiras.

No esforço de alcançar os 5 % dos votos nacionais, o fisiologismo começou tomar conta do partido, culminando em 2009, com a entrada de mais políticos já sem espaço em seus partidos de origem e de empresários com ambições políticas não propriamente ecologistas. Com a influência do grupo da senadora Marina, a probabilidade de o PV evoluir para uma linha política ecologista se minimiza e a agremiação corre o risco de se afundar na mesmice dos outros partidos, cujo discurso ideológico nada tem a ver com sua prática.

Após a totalização dos votos, em 3 de outubro de 2006, o Partido Verde atingiu 3,6 % de votos válidos, com 3.368.560 de votos válidos.

Em 2007, foi realizada Convenção Nacional em Brasília - DF, marcada por contestações judiciais e denúncias sobre a má utilização do Fundo Partidário. A justiça chegou a paralisar a votação, garantida por liminar. Alguns dos críticos da gestão de Penna no PV nacional foram ameaçados de expulsão ou expulsos, como Paulo Moraes e Francisco de Assis (ex pres. do PV/RJ). As denúncias repercutiram e o TSE avalia suspender o fundo do partido em 2008. o Deputado Gabeira já fala em rediscutir o programa da legenda, que foi desde então grandemente criticada na mídia.

[editar] Partido Verde em São Paulo

O partido é dividido no estado em 21 bacias hidrográficas, sendo que na capital são 4 bacias - As Bacias Hidrográficas são as administrações regionais do PV no estado de São Paulo. São elas que congregam as executivas municipais do partido. A presidente estadual do partido é a controversa Regina Gonçalves e o presidente municipal da capital é Carlos Galeão Camacho.

[editar] Deputados federais eleitos em 2006

[editar] Deputados estaduais eleitos em 2006

[editar] Obras sobre o Partido Verde e/ou política ecologista

  • CARNEVALE, Fabiano. Pétalas do Girassol: identidades e práticas dos partidos ecologistas. Monografia de fim curso, UERJ, 2006. Pode ser baixado aqui.
  • PÁDUA, J. A.. O nascimento da política verde no Brasil: fatores exógenos e endógenos." In: LEIS, Hector R. (Org.). Ecologia e política mundial. Vozes, 1991.
  • PORTANOVA, Rogério. Desventuras românticas e militância alternativa. Fundação Boiteux, 2006.
  • RABÓCZKAY, Tibor. Repensando o partido verde brasileiro. Ateliê, 2004.
  • RIBEIRO, M. A.. Ecologizar. Rona, 1998.
  • VINCENT, A.. Ideologias políticas modernas. Jorge Zahar, 1995